

Aprender e criar é uma jornada


Faz um bom tempo que eu estou aqui.
Fazendo escolhas, mudando os planos...
Errando até demais.
Mas aprendendo um tanto de coisa e vivendo — de um jeito ou de outro.
Muito prazer, eu sou a Carol, uma pessoa introspectiva que gosta muito de gente.
Eu gosto de poder sentir as pessoas e as coisas, e desde muito pequena vejo na arte uma forma de me conectar — comigo mesma, e com os outros.
Eu gosto da minha voz; e também do meu silêncio.
Penso que a arte é isto: um fio que nos conecta em nossa humanidade,
e que exatamente por isso se faz indispensável.
Quando eu olho pra minha jornada de vida — que inclui a minha jornada profissional, eu confesso que vejo jardins e terrenos baldios (porque eu cuidei de algumas coisas, mas deixei outras tantas por cuidar).
Acontece que nessa fase da minha história eu entendi que meu objetivo principal precisa ser este: reflorestar a minha vida, cultivar, nutrir e manter cada jardim.
E aí quando olho pra toda essa terra que me constitui eu me pergunto: qual tem sido o fio condutor da minha jornada?
Qual é, no fim das contas, o coração dos meus fazeres, meus quereres, minha vida, meu trabalho?
Penso que finalmente, ainda que aos poucos, eu tenho descoberto isso — redescoberto, na verdade.
E enquanto alimento a minha coragem, ele vai se apresentando pra mim: o coração do meu trabalho e, com ele, o meu coração.
Descobri que ambos são ligados por um fio e, curiosamente, se ajudam (ou se atrapalham).
Nunca tinha parado muito pra pensar nisso, mas é a mais pura verdade.
É muito mais difícil que um mantenha um bom ritmo, enquanto o outro sente saudade...
Ou que um deles se acalme, quando o outro tem pressa!
Quando um deles está triste, o outro também de alguma forma se contrai com mais força, se aperta.
Mas quando um está feliz, o outro também se contagia de luz!
Engraçado né?
Quando um ama, o outro parece amar um pouquinho também...
E quanto mais amor um tem, parece que mais espaço de amor se abre no outro.
São dois corações que se comunicam sem esforço, e cuidar deste é como cuidar daquele, mas ao mesmo tempo não é.
Porque eles precisam de cuidados específicos e embora se comuniquem, têm cada um a sua personalidade.
Dois corações cheios de histórias, de desejos, de lembranças, de vontades.
Dois corações e uma única verdade.
Essa que eu estou descobrindo aos poucos e que, também aos poucos, conforme o caminhar dos próximos passos, vou compartilhando por aqui com vocês.
E vou fazendo isso porque tenho entendido que florestas não se levantam sozinhas (e muito menos jardins).
Então, fica o convite:
meu desejo é que nossas vidas tenham mais vida.
Que nossa terra seja fértil e nossa colheita seja farta.
Seja muito bem-vindo, muito bem-vinda!